domingo, janeiro 15, 2006Alguém aí tem o fio de Ariadne?Gosto muito de Realismo Fantástico. Mas eu não queria virar uma barata, ou sofrer um processo sem saber qual é a acusação, muito menos ser tomada de uma cegueira branca. Também não queria ter que reviver situações desagradáveis. Déjà-vu real e comprido. Mas algumas coisas da vida da gente parecem ser tão inevitáveis quanto as fantasias de Kafka, Borges, Saramago ou Garcia márquez. No caso da repetição pode ser é culpa da sociedade de consumo, do mc donald´s, da coca-cola, e de cérebros acostumados à redundância. Eu ainda fico tonta com os seus ciclos. Como lendo um bom texto de Borges. ... O labirinto Jorge Luis Borges Este é o labirinto de Creta. Este é o labirinto de Creta cujo centro foi o Minotauro. Este é o labirinto de Creta cujo centro foi o Minotauro que Dante imaginou como um touro com cabeça de homem e em cuja rede de pedra se perderam tantas gerações. Este é o labirinto de Creta cujo centro foi o Minotauro, que Dante imaginou como um touro com cabeça de homem e em cuja rede de pedra se perderam tantas gerações como Maria Kodama e eu nos perdemos. Este é o labirinto de Creta cujo centro foi o Minotauro, que Dante imaginou como um touro com cabeça de homem e em cuja rede de pedra se perderam tantas gerações como Maria Kodama e eu nos perdemos naquela manhã e continuamos perdidos no tempo, esse outro labirinto. ... Falando em textos que utilizam tão bem o recurso da repetição, para te deixar zonzo, ou para te fazer pensar “porque diabos dizer isto de novo”, finalmente vi o documentário Ilha das Flores*. Menos uma obrigação de comunicador social para eu cumprir. Entre o que falta, “Cidadão Kane”, mas este dificilmente eu encontrarei disponível num site. *Disponível em http://www.portacurtas.com.br Kathia 2:52 AM
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